Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho iniciaram a semana com quedas expressivas. As principais posições do cereal exibiam perdas entre 9,50 e 10,50 pontos, por volta das 7h52 (horário de Brasília). O vencimento setembro/15 era cotado a US$ 3,82 por bushel, depois de encerrar o pregão anterior negociado a US$ 3,92 por bushel.

O mercado dá continuidade ao movimento negativo observado na sexta-feira (24). As cotações do cereal acumularam uma desvalorização de 6% na última semana, a maior queda semanal em um ano. Como principal fator de pressão nos preços está à previsão de clima mais seco no Meio-Oeste dos Estados Unidos. Se confirmada, a perspectiva é que o clima contribua para o desenvolvimento das lavouras, que nesse momento estão, em sua maioria, em fase de polinização.

Com isso, o mercado aguarda o reporte do boletim de acompanhamento de safras do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Na semana anterior, o órgão manteve o índice das lavouras em boas ou excelentes condições em 69%. Cerca de 55% das plantações estavam em fase de polinização. O relatório será divulgado no final da tarde de hoje.

Além disso, há rumores no mercado de que os compradores do sudeste do país tenham adquirido de 8 a 10 cargas de milho do Brasil, o que sugere que, nesse momento, o cereal sul-americano está mais barato que o produzido no país. A variável ajuda a manter a pressão sobre os preços da commodity, conforme destacam as agências internacionais de notícias na manhã desta segunda-feira. As informações vindas do mercado financeiro também são observadas pelos investidores, especialmente em relação à economia da China.

Paralelamente, outro fator que pode influenciar o andamento dos negócios é o relatório de embarques semanais que será divulgado pelo USDA. Na semana passada, os embarques de milho totalizaram 1.161,106 milhão de toneladas.
Noticias Agricolas