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Quarta, 01 Julho 2015 10:49

USDA ajuda a sustentar preços dos grãos

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USDA ajuda a sustentar preços dos grãos

 

Com a "ajuda" das novas estimativas do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) para as áreas plantadas no país nesta safra 2015/16, divulgadas ontem, os preços médios dos contratos futuros de segunda posição de entrega (normalmente os de maior liquidez) de soja, milho e trigo fecharam junho com altas sobre as médias de maio na bolsa de Chicago. Em relação a junho de 2014, porém, as retrações continuaram a ser expressivas ­ parcialmente compensadas pelo câmbio no caso dos produtos para exportação. Conforme cálculos do Valor Data, das três commodities a que mais subiu de maio para junho foi o trigo (5,76%), seguido por milho (1,75%) e soja (0,34%). Resta saber, agora, quais serão os movimentos dos fundos de investimentos após as novas projeções do USDA, que indicaram redução da área de milho e avanços nos casos do trigo e da soja (ver Commodities Agrícolas).

As expectativas do mercado em relação aos números do USDA levaram os gestores de recursos ("managed money") a encerrarem a semana terminada no dia 23 com saldo líquido comprado no mercado de soja, segundo a Comissão de Negociações de Futuros de Commodities (CFTC). Esse saldo indicou, portanto, uma aposta na alta dos preços. No milho e no trigo, os movimentos dos investidores não evitaram que o saldo seguisse negativo. Mas, ainda que as chuvas continuem a atrapalhar o plantio de soja ­ o de milho já está concluído ­ e as lavouras de trigo, ainda é difícil imaginar que poderá haver quebras expressivas das produções de grãos nos EUA na safra atual. Caso essas quebras maiores não venham, é de se esperar que as colheitas ajudem a manter uma confortável relação global entre oferta e demanda de grãos em 2015/16 e que voltará a haver mais pressão sobre as cotações nas próximas semanas ou meses.

Na comparação com junho de 2014, a média do mês passado da soja foi 30,92% menor, a baixa do milho foi de 16,16%, e a do trigo em 12,94%. Negociado na bolsa de Nova York, o algodão também encontrou suporte na projeção de área menor nos EUA. O preço médio da commodity fechou junho com um leve aumento de 0,17% na comparação com maio, mas em relação a junho do ano passado a queda ficou em 13,75%. E os "managed money" reduziram as apostas de valorização do produto na semana terminada no dia 23, até porque as chuvas naquele país têm beneficiado as plantações e, mais importante, a China começará a desovar seus polpudos estoques da pluma. Em Nova York, o café também encerrou junho com cotação média levemente superior à de maio (0,28%), mas bastante inferior à de junho de 2014 (22,98%). Por conta da alta do dólar na semana que terminou no dia 16, na semana seguinte os gestores de recursos ampliaram suas apostas na valorização da commodity.

Mas a manutenção ou não desse movimento dependerá do câmbio e do clima no Brasil, que ainda gera incertezas. Apesar de ter fechado junho com preço médio 3,05% maior que o de maio na bolsa nova­iorquina, o viés para o suco de laranja é baixista, como indicou o saldo líquido negativo deixado pelos movimentos dos "managed money" na semana até o dia 23. Esse maior pessimismo decorre da até agora fraca temporada de furacões nos EUA, que não prejudicou mais o já combalido parque citrícola da Flórida, e da contínua queda do consumo do produto no grande varejo americano.

Outro produto que subiu em Nova York em junho foi o cacau. A amêndoa fechou o mês com cotação média 5,02% mais elevada que a de maio e é a única commodity agrícola das oito que fazem parte deste levantamento que subiu também em relação a junho do ano passado (3,45%). E a expectativa dos fundos ficou mais "altista" na semana passada, insuflada pelas perspectiva de que os exportadores de Gana terão problemas em entregar os volumes que estão comprometidos com seus clientes. Em Nova York e em geral, o destaque negativo foi o açúcar, cujo preço médio de junho foi 7,23% inferior ao de maio e 33,18% mais baixo que em junho de 2014 ­ a maior queda na comparação anual entre as oito commodities analisadas. Como a expectativa dominante era que a oferta global continue farta, em boa medida graças ao Brasil, as apostas dos fundos indicavam novas quedas.
Valor Econômico

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