Suporte nos problemas climáticos que ameaçam a safra argentina
O preço da soja na Bolsa de Cereais de Chicago registrou na quinta-feira (15.02) alta de 7,00 centavos de Dólar no contrato de Março/18 (referência para o Brasil), fechando em US$ 10,2425 por bushel. Os demais vencimentos em destaque da commodity na CBOT também fecharam a sessão com valorizações entre 7,00 e 7,25 pontos.
O mercado norte-americano da soja teve mais um dia de ganhos nos principais contratos futuros, sustentado pelos problemas climáticos que ameaçam a safra argentina. A T&F Consultoria Agroeconômica destaca que as cotações da soja tiveram as maiores altas dos últimos três meses, enquanto as do farelo (locomotiva do complexo, neste momento) atingiram suas máximas dos últimos 19 meses.
A Consultoria AgResource aponta que a demanda por compras voltou a ser adicionada, uma vez que o cenário para os preços é dependente das variações climáticas na Argentina, que não estão nada satisfatórias para o produtor do país. Além do mais, as exportações norte-americanas voltam a entrar em patamares de estabilidade e dentro do esperado pelo Mercado, o que não oferece nenhuma reação tendenciosa.
“Ainda é muito cedo para comentar sobre o verão norte-americano, no entanto, já há previsões negativas de junho-agosto. Uma seca é projetada para o oeste do Rio Mississippi pode deixar o Delta em um cenário delicado. No entanto, tais confirmações dependerão muito da força de atuação e permanência do La Niña, nos próximos 90 dias. Na Argentina, a umidade do solo continua em níveis críticos para o desenvolvimento saudável da planta. Ao contrário de 2017, quando chuvas expressivas tomaram conta do país, nesta época do ano. As regiões Central e do Leste argentino são as de maior preocupação”, conclui a ARC.
Por: AGROLINK -Leonardo Gottems
Publicado em 16/02/2018 às 10:20h.