A sessão desta terça-feira (11) foi negativa aos preços do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições da commodity finalizaram o dia com quedas entre 0,50 e 1,00 pontos. O vencimento maio/17 era cotado a US$ 3,66 por bushel, enquanto o julho/17 trabalhava a US$ 3,73 por bushel. Já o setembro/17 finalizou o dia a US$ 3,80 por bushel.
Conforme dados reportados pelas agências internacionais, a movimentação negativa é decorrente das novas projeções apresentadas no boletim de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), divulgado nesta terça-feira. Uma das alterações mais significativas trazidas pelo órgão foi em relação à safra da América do Sul, especialmente a do Brasil.
Segundo levantamento do departamento, os produtores brasileiros deverão colher 93,5 milhões de toneladas de milho nesta temporada. Em março, a projeção estava em 91,5 milhões de toneladas. "O aumento superou as expectativas dos participantes do mercado de uma elevação na safra de 900 mil toneladas do grão", destacou o portal Agrimoney.com.
Na visão de Richard Feltes, em RJ O'Brien, "a previsão para o Brasil é um tanto otimista, já que as lavouras ainda não estão em fase de polinização, uma das mais importantes da cultura. Os meteorologistas do USDA expressaram confiança de que o padrão climático mais úmido deverá ser mantido nas áreas de produção de milho safrinha".
Em contrapartida, alguns participantes do mercado ficaram decepcionados com a manutenção das exportações americanas em 56,52 milhões de toneladas para essa temporada. "O USDA não mudou os números das exportações, o que é estúpido. Estamos correndo muito acima do normal para as exportações de milho", disse Roy Huckabay, da Linn & Associates, em entrevista ao Agrimoney.com.
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