A segunda estimativa de 2016 para a safra de cereais, leguminosas e oleaginosas totalizou 211,3 milhões de toneladas, 0,9% superior à obtida em 2015 (209,5 milhões de toneladas). A estimativa da área a ser colhida é de 58,4 milhões de hectares, um acréscimo de 1,2% frente à área colhida em 2015 (57,7 milhões de hectares). Frente à informação de janeiro, a produção variou positivamente 0,3% enquanto a área decresceu 0,2%. O arroz, o milho e a soja são os três principais produtos deste grupo, que, somados, representaram 92,8% da estimativa da produção e responderam por 86,4% da área a ser colhida. Em relação ao ano anterior, houve acréscimo de 2,7% na área da soja, e reduções de 1,0% na área do milho e de 6,0% na área de arroz. No que se refere à produção, houve acréscimos de 4,9% para a soja, reduções de 5,5% para o arroz e de 3,5% para o milho.
MILHO (em grão) – Espera-se produção 2,2% superior que no mês anterior, totalizando 82,7 milhões de toneladas. A recuperação do clima em janeiro trouxe melhores expectativas quanto ao rendimento médio, que foi elevado em 2,3%, totalizando 5.366 kg/ha. A produção de milho 1ª safra, que já está sendo colhido no Centro-Sul, apresentou retração de 0,7%, totalizando 28,4 milhões de toneladas. A redução de 0,8% na área colhida foi o principal responsável pela queda na produção. Dentre os cinco maiores produtores nacionais de milho 1ª safra, responsáveis por 66,5% da produção, quatro reduziram as suas área plantadas e colhidas para esta safra. Os cinco maiores produtores são: Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e São Paulo, que possuem participação de 18,2%, 16,6%, 12,4%, 9,8% e 9,5%, respectivamente. Apenas Santa Catarina não demonstrou redução de área plantada e colhida na estimativa de fevereiro. Minas Gerais retoma a primeira colocação quanto à produção de milho 1ª safra. O estado estima produção de 5,2 milhões de toneladas, 0,9% maior em comparação ao mês de janeiro. As reduções de área plantada e colhida são, respectivamente, 1,8% e 2,3%. O acréscimo na produção advém da melhor estimativa do rendimento médio, que ficou em 6.088 kg/ha, maior 3,3% em relação ao mês anterior. Com expectativa de produção de 54,3 milhões de toneladas, a atual 2ª safra de milho reflete a melhoria do clima em janeiro, possibilitando que as estimativas de fevereiro, com relação ao rendimento médio, fossem positivas. Espera-se acréscimo de 3,5% no rendimento médio, ficando a média nacional em 5.505 kg/ha. Esta alta no rendimento médio permitiu que a estimativa da produção se elevasse em 3,8%, quando comparado ao mês de janeiro. Em Mato Grosso, os dados de produção foram reajustados positivamente. Espera-se 20,1 milhões de toneladas, 5,1% a mais que em janeiro. O rendimento médio passa de 5.511 kg/ha em janeiro para 5.687 kg/ha em fevereiro, alta de 3,2%. Paraná também encontra clima mais favorável para o plantio do milho segunda safra e, estimulados pela alta do preço do milho, os produtores estão investindo na cultura. A alta na área plantada é de 8,8% e no rendimento médio, 6,3%. Espera-se que possam ser colhidos 12,0 milhões de toneladas.
SOJA (em grão) – Apesar da redução de 0,8% na expectativa da produção com relação ao mês anterior, a soja nacional é novamente recorde. Espera-se serem colhidas 101,8 milhões de toneladas em uma área de 33,0 milhões de hectares. Todos os três principais produtores do país apresentam, até o momento, recordes em suas safras. O Mato Grosso lidera a produção nacional, com 27,3% de tudo que será produzido no país. O estado espera colher 27,8 milhões de toneladas. No Paraná, a estimativa de produção é de 17,7 milhões de toneladas, sendo que em torno de 50% já se encontram colhidos. A área plantada estimada é de 5,4 milhões de hectares. O rendimento médio é de 3.305 kg/ha, redução de 2,9% em relação ao mês de janeiro. O Rio Grande do Sul espera colher 16,1 milhões de toneladas, decréscimo de 0,8%, quando comparado com janeiro. A área plantada é estimada em 5,5 milhões de toneladas e o rendimento médio em 2.942 kg/ha.
Noticias Agricolas