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Quarta, 27 Janeiro 2016 10:20

Com estímulo dos preços, área plantada com milho safrinha pode crescer até 10%

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Com estímulo dos preços, área plantada com milho safrinha pode crescer até 10%
Os produtores rurais brasileiros já iniciaram o plantio da safrinha 2015/16 de milho. E a perspectiva dos especialistas é de que haja um incremento na área semeada entre 8% a 10% em função dos preços elevados. Ainda assim, com o atraso no cultivo da soja, há muitas especulações no mercado sobre a área total a ser plantada com o grão nesta temporada e também do nível de tecnologia empregado. Segundo a APPS (Associação Paulista dos Produtores de Sementes), a área cultivada nesta safra deverá crescer até 10%. "Há um consenso de que área deverá ser maior em decorrência das cotações mais elevadas no momento da tomada de decisão dos produtores. E acreditamos que mesmo com a janela ideal de cultivo menor, os agricultores não deixarão de plantar o cereal", afirma o diretor executivo da entidade, Cássio Camargo. O consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, também acredita que a área plantada com o grão deverá ser maior nesta safra. “Deveremos ter um crescimento de até 500 mil hectares, podendo superar os 10 milhões de hectares cultivados na safrinha. Mesmo que a semeadura seja fora da janela ideal em algumas regiões, os preços mais altos servem de estímulo aos produtores”, pondera. Do mesmo modo, dados da consultoria Agroconsult apontam para uma alta de 9% na área semeada com o milho na segunda safra, que poderá totalizar 10,5 milhões de hectares. Com isso, a perspectiva é que sejam colhidas 57,7 milhões de toneladas do cereal, um ganho de 6% em comparação com o ciclo anterior. Para essa temporada, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) projeta a área de semeadura com o milho safrinha em 9.550,6 milhões de hectares, mesmo número registrado na safra passada. Em relação à produção, a perspectiva é que sejam colhidas em torno de 54.562,8 milhões de toneladas, contra as 54.590,5 milhões de toneladas registradas na safra 2014/15. Em contrapartida, o presidente institucional da Abramilho (Associação Brasileira dos Produtores de Milho), Sérgio Luís Bortolozzo, pondera que a estiagem prolongada inviabilizou a semeadura do milho safrinha na região Nordeste. “Alguns agricultores mais estruturados até podem investir na cultura, mas acreditamos que haverá uma diminuição nos investimentos em tecnologia, o que já sugere uma queda na produtividade. No Brasil, algumas análises já indicam uma diminuição na área da safrinha, especialmente nas que foram mais afetadas pelo clima irregular”, completa. Enquanto isso, os preços do milho continuam em patamares elevados no mercado brasileiro. De acordo com informações do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), a valorização cambial contribuiu para as exportações do cereal, deixando os estoques finais mais baixos. Conforme dados oficiais da Conab, os estoques de milho estão próximos de 10.020,7 milhões de toneladas. E essa situação associada às incertezas sobre a safra 2015/16 tem feito às cotações se elevarem. O Indicador ESALQ/BM&F Bovespa, referente à região de Campinas (SP), fechou a última segunda-feira (25) a R$ 42,84 a saca de 60 kg, valorização de 16,32% no mês de janeiro. Na última semana, o valor chegou a R$ 43,46 a saca de 60 kg.
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