Em medida que não era adotada desde junho de 2006, o Federal Reserve (FED, banco central norte-americano) anunciou nesta quarta-feira (16.12) aumento da taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual. A medida já era esperada pela maioria dos analistas de mercado, como resultado da retomada da economia dos Estados Unidos observada nos últimos tempos.
“O Comitê [Federal de Mercado Aberto - Fomc, na sigla em inglês] julga que tem havido uma melhora considerável nas condições do mercado de trabalho este ano e está razoavelmente confiante de que a inflação subirá no médio prazo para sua meta de 2 por cento [anual]. Considerando a inflação atual abaixo da meta de 2 por cento, o Comitê vai monitorar com cuidado o progresso real e esperado a caminho da meta de inflação. O Comitê espera que as condições econômicas evoluam de forma a assegurar apenas aumentos graduais de juros”, explicou o FED.
Há divergências entre economistas sobre o resultado e as repercussões da decisão na economia brasileira. Para alguns especialistas, não deve haver altas expressivas no Dólar ou maiores turbulências nos mercados.
Já outros acreditam que o aumento de juros nos EUA vai impactar no valor da moeda norte-americana no Brasil. Essa projeção ganha força no mesmo dia em que o País foi rebaixado pela Agência Fitch, que mudou a nota do país de BBB- para BB+, retirando o “selo de bom pagador”.
De acordo com o economista Alexandre Cabral, da NeoValue Investimentos, “por causa do aumento do risco, o investidor deve manter seu dinheiro em produtos pós-fixados, de grande facilidade para sacar, tal como títulos Tesouro Selic”.
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