O mercado brasileiro da soja está enfrentando muitas variáveis na questão de seus preços, desde a safra passada. De acordo com o especialista Luiz Fernando Pacheco, analista da T&F Consultoria Agroeconômica, os valores já não são mais tão agradáveis para os agricultores como foram outrora.

“Em maio passado a cotação da soja no interior do Brasil atingiu o seu auge, ao redor de R$ 82,00/saca nos estados do Sul e deixou fortes saudades, tanta que os agricultores ainda desejam estes níveis para vender o restante dos seus estoques de safra velha ou de safra nova. De lá para cá, os preços só fizeram cair lenta e inexoravelmente, como mostram os gráficos acima, dando inúmeras oportunidades de fixação de preços intermediários no meio do caminho, aproveitadas por alguns vendedores”, escreveu o analista em seu boletim informativo diário.

Segundo Pacheco, a pesquisa diária do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), registrou alta de 1,16% nos preços médios dos portos, para R$ 75,70, consequência da alta de 0,22% do dólar, mais 0,99% para o contrato de março em Chicago. “Também o prêmio de março, pago nos portos brasileiros, voltou a recuperar 10cents/bushel, fixando-se em +40 (maio permaneceu inalterado em +50), todos fatores positivos. Mesmo assim, no acumulado do mês o preço da soja para exportação ainda está negativo em 5,58% em relação ao final de dezembro último. No interior a alta foi de 0,58%, para R$ 70,82, reduzindo as perdas de janeiro para 4,43%”, completa.

Para finalizar, ele explica que alguns fatores como a disputa comercial travada entre a China e os Estados Unidos e a instabilidade do dólar são fatores fundamentais para essa variação nos preços da oleaginosa no País.

 Por: AGROLINK -Leonardo Gottems 
Publicado em 21/01/2019 às 06:42h.